quinta-feira, 9 de setembro de 2010

... Dizem que somos parecidas-- o mesmo OLHAR, façam as comparações !! (rs) *


Liv Ullmann.




































































Irizinha diz:
Liv Ullmann...rs
Irizinha diz:
Ainda me pareço c ela?rs
Elson diz:
Ela antigamente,
Elson diz:
O olhar é o mesmo
.




A difícil arte de amar e de ser Liv Ullmann


Fábio C., nosso colaborador e companheiro de trabalho aqui na Blooks, traz essa dica… quer dizer, esse olhar sobre um livro que já é uma clássico por muitos motivos. O principal: trata-se Liv Ullmann. É bom ter aqui na Blooks gente que está ali, na linha de frente com os clientes, vendo livros chegando e saindo e que ainda se inspiram para escrever e trazer sua opinão, sua voz aqui no blog. Vamos lá… Mutações, de Liv Ullmann, por Fábio C.
Já nas primeiras páginas das suas memórias nos sentimos íntimos de Liv Ullmann.Primeiro vem a compaixão instantânea pela descrição de seu insólito nascimento:
Nasci num pequeno hospital de Tóquio.Mamãe diz que se lembra de duas coisas: um ratinho correndo pelo chão, o que ela considerou sinal de sorte.Uma enfermeira curvando-se e murmurando, em tom de quem pede desculpas:‘Infelizmente, é uma menina.A senhora prefere informar pessoalmente ao seu marido?
E a força dessa menina continua nos fascinando em toda sua narrativa. Uma menina que se recusa a morrer e que habita essa deusa nórdica do conturbado e complexo universo bergmaniano.Uma menina a que nenhum sucesso satisfaz e que nenhuma felicidade acalma.
Outra passagem:
Há muitos anos quando decidimos nos divorciar, ficamos sentados, de mãos dadas, no escritório do conselheiro matrimonial. Ele perguntou por que queríamos nos separar, se éramos tão amigos.‘Exatamente por isso’ respondemos alegremente.
E Liv vai nos mostrando, sempre através dos olhos dessa menina imortal, seu curto, e intenso, casamento com Ingmar Bergman. O isolamento deles na ilha de Faro, no norte da Suécia. O longo silêncio que pontuava essa união. Linn, sua querida filha. O encontro do casal com Fellini. O mundo do cinema. As suas decepções. A solidão nos hotéis. As muitas faces do amor. Sua maneira especial de ver o mundo. A criação de suas antológicas personagens. Sua amizade com Bibi Andersen, sua parceira em ‘Persona’. Suas dúvidas. A obsessão pelo trabalho. Hollywood e seus intermináveis compromissos. O entendimento da dor. O desejo incessante de corresponder às expectativas, aos deveres. O medo de desapontar, de não estar à altura dos papéis que a esperam na vida. E enfim suas inevitáveis mutações…
Solte o freio e acompanhe, com coragem, essa fascinante trajetória de amadurecimento, alegria e dor dessa interessantíssima mulher com eternos olhos de menina.