sábado, 6 de novembro de 2010



Vida



Falo das vicissitudes da vida...
Do medo sombrio de falar
Falo das mazelas que permeiam nosso convívio
Das destrezas contidas no vinho
Falo da beleza escondida
roubada e destruída
Falo da vida que segue, que passa e que termina
Do vinho que perfuma e embriaga
Dos sonhos que ferem e que consolam
Falo das analogias que se contradizem
Dos fatos que marcam e desmarcam
Falo da vida
Cor-de-rosa
Ou cinza
Cinzas da quarta-feira de cinzas
Falo do tempo que passa
Do minuto que me escapa
Falo das horas que nos restam
Ou dos segundos que nos salvam
Falo das vicissitudes
Que só os sábios conseguem discernir
O joio do trigo...



Claudia Azevedo 15/09/2010






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